sábado, 7 de julho de 2012

Pedido


... e que todas as minhas armaduras não me impeçam de lutar a minha própria batalha;
E que todos os meus calos não me impeçam de calçar o meu melhor sapato; e que todos
os meus eus não me privem de mim...

Quero antes a seiva mais pura
Extraída do primeiro corte do facão.

Quero ainda a seiva mais bruta,
Mais curta entre a fonte e a mão

A seiva corrente primeira,
Que inventa mel às abelhas,
Borracha aos artesãos

Quero recolher entre os dedos
Cada sentimento vivente
Em cada movimento e textura
Largados feito rastros...

 E separar-lhes do todo...

Quero provar-lhes o gosto do novo,
De novo e
De novo e
De novo...

3 comentários:

  1. Adorei os três primeiros versos em particular...

    Um abraço,
    Doce de Lira

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  2. Os três primeiros versos são mesmo os melhores.
    (Simone)

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